Biópsia da próstata: o papel crucial do laudo anatomopatológico

A biópsia da próstata é uma etapa decisiva para a investigação de câncer no órgão. Quando há PSA elevado, alterações ao toque retal ou achados de imagem levantam suspeita, a confirmação ou exclusão do câncer só é feita pelo exame microscópico do tecido: o laudo anatomopatológico. Em outras palavras: o diagnóstico começa na coleta, mas a certeza mora na análise microscópica.

O que é e como é feita a biópsia da próstata?

É a retirada de pequenos cilindros de tecido da próstata, geralmente por via transretal, guiada por ultrassom e, cada vez mais, pela fusão com ressonância magnética. Protocolos atuais recomendam amostragem sistemática com pelo menos 12 fragmentos, podendo incluir “alvos” indicados por RM quando existirem áreas suspeitas.

Após o procedimento, é comum orientação de antibiótico, repouso relativo e observar sinais como discreto sangue na urina ou no sêmen por poucos dias.

Os fragmentos seguem para a anatomia patológica onde, em laboratório, são processados, corados e analisados ao microscópio por um patologista. É nesse momento que nasce o laudo, o documento técnico que descreve achados e orienta as próximas decisões clínicas.

Um bom laudo não diz apenas “tem ou não tem câncer”, ele organiza informações que mudam condutas, como:

– Presença de tumor: negativo, suspeito/indeterminado ou positivo (adenocarcinoma mais comum);
– Número de fragmentos comprometidos (ex.: 4 de 12) e percentual de tumor em cada um;
– Lateralidade (um lado ou ambos os lados) e extensão nos fragmentos;
– Grau histológico: através da pontuação de Gleason (padrão primário + secundário) e Grupo de Grau/ISUP (1 a 5);
– Achados “limítrofes” que pedem atenção (ex.: PIN de alto grau, ASAP, carcinoma intraductal);
– Reações inflamatórias/benignas (prostatite, hiperplasia), quando presentes.

Entendendo a pontuação de Gleason e o Grupo de Grau (ISUP)

A pontuação de Gleason soma dois padrões (ex.: 3+4=7): quanto mais alto, mais agressivo. O Grupo de Grau/ISUP traduz o Gleason entre 1 e 5:

1 (≙ Gleason 6) → baixo risco em muitos casos

2 (3+4=7) → risco intermediário favorável

3 (4+3=7) → risco intermediário menos favorável

4 (8) e 5 (9–10) → alto risco

Essa classificação impacta diretamente a escolha entre vigilância ativa, cirurgia, radioterapia, terapias sistêmicas e combinações.

A imuno-histoquímica pode entrar como exame complementar em casos difíceis, ajudando a distinguir adenocarcinoma de lesões benignas que imitam tumor. Esse passo aumenta a segurança diagnóstica e reduz dúvidas.

Para transformar a biópsia da próstata em decisões seguras, a qualidade do laudo é essencial. No Cipac, o material é processado com rigor técnico e revisões estruturadas, oferecendo:

– Anatomopatológico completo: descrição padronizada de fragmentos, percentuais e lateralidade.

– Gleason e Grupo de Grau/ISUP reportados de forma clara, com observações clínicas úteis.

– Imuno-histoquímica (painel de próstata) quando indicada, para elucidar casos desafiadores.

– Integração com o médico assistente: suporte ao urologista/oncologista nas dúvidas do laudo.

Se você vai realizar biópsia da próstata ou precisa de uma segunda opinião do laudo, fale com o Cipac. Aqui tem cuidado técnico e humano para decisões mais seguras!

Leia também: Como saber se o aumento da próstata é benigno ou maligno?

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