A importância da imuno-histoquímica para o carcinoma de mama

Qualquer nódulo, inchaço, dor, secreção ou outras anormalidades verificadas nos seios, são sinais que podem indicar um carcinoma de mama, um dos tipos de câncer. A fim de confirmar ou descartar essa possibilidade é preciso que a paciente passe pelo exame clínico junto ao seu médico ginecologista ou ainda o especialista mastologista, além de exames de imagem como mamografia, ultrassom ou ressonância magnética.

Contudo, o diagnóstico só pode ser verificado com total certeza através da biópsia, um procedimento caracterizado pela retirada de um fragmento da lesão suspeita, seja por meio de cirurgia ou extrações por agulha. Essa amostra é analisada por um médico patologista, que observa o tecido microscopicamente por meio do exame anatomopatológico.

Após essa etapa, é preciso complementar o diagnóstico de carcinoma de mama com o exame de imuno-histoquímica, que avalia a biologia do tumor, mais precisamente quais receptores estão presentes ou não nas células cancerígenas. Geralmente, em doenças como o câncer, se utiliza o estudo do formato da célula ao microscópio (morfologia), porém, a imuno-histoquímica permite detectar diferenças importantes entre tipos de tumores, sendo um excelente aliado ao diagnóstico.

O exame de imuno-histoquímica possui ainda funções como:

– Auxiliar na identificação da presença ou ausência de determinada doença;

– Classificar ou determinar subgrupos dentro de uma doença específica;

– Identificar fatores prognósticos e preditivos. Tudo isso permite prever como será o comportamento do carcinoma de mama, por exemplo, se é mais ou menos agressivo e como pode ser a resposta da doença a um determinado tratamento.

Marcadores importantes para o carcinoma de mama

No contexto do carcinoma de mama, a imuno-histoquímica é responsável por investigar os seguintes e importantes marcadores prognósticos e preditivos:

1. Receptores hormonais (RH)

Mais da metade dos casos de carcinoma de mama apresentam o hormônio feminino estrogênio aumentado, enquanto outros tipos de câncer de mama são capazes de progredir sem estrogênio. As células do câncer de mama dependentes de estrogênio produzem proteínas chamadas receptores hormonais, que podem ser receptores de estrogênio (RE), receptores de progesterona (RP) ou ambos. Se os receptores hormonais estiverem presentes no carcinoma de mama, é provável que ela se beneficie de tratamentos que reduzam os níveis de estrogênio ou bloqueiem as ações do hormônio. Esses tratamentos são chamados de terapias endócrinas ou hormonais, e esses tumores são chamados de responsivos a hormônios ou positivos para receptores hormonais. Em contraste, as mulheres cujos tumores não contêm qualquer RE ou RP não se beneficiam da terapia endócrina, por exemplo, não sendo recomendada.

2. Proteína c-Erb-B2 ou Her2 ou Her2-neu

HER2 é uma proteína que está presente em cerca de 15 a 20 % dos casos de carcinoma da mama invasivos. A presença de HER2 identifica mulheres que podem se beneficiar de tratamentos com medicamentos dirigidos contra essa proteína. Se o câncer for HER2 negativo e também negativo para os receptores hormonais, isso é chamado de “doença triplo negativa”.

Dessa forma, toda proteína que possa fornecer informações valiosas ao diagnóstico e prognóstico, é avaliada pelo exame de imuno-histoquímica, sendo fundamental para a investigação de casos de câncer, inclusive o carcinoma de mama. Assim, é possível determinar o tratamento mais adequado para cada paciente, apontando tudo que deve ser acompanhado com especial atenção.

Aqui no Cipac Diagnósticos, somos especialistas em imuno-histoquímica. Nosso corpo de patologistas e nosso laboratório altamente preparado avaliam as amostras de carcinoma de mama com excelência certificada. Médicos e pacientes podem contar com toda a seriedade e expertise dos nossos processos e profissionais!

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