A dermatite de contato é uma condição que atinge a pele. Como o nome já diz, trata-se de uma reação inflamatória que acontece após o contato com algum agente alérgico ou que causa irritação. É uma inflamação que acomete milhões de pessoas em todo o mundo, podendo ter diversas origens, dependendo de cada indivíduo.
Continue lendo para saber mais sobre:
– O que pode causar a dermatite de contato;
– Quais são os principais sintomas;
– Como diagnosticar e tratar.
O que pode causar a dermatite de contato?
Existem basicamente dois tipos de dermatite de contato. É importante identificar os gatilhos que dão origem aos sintomas para evitá-los sempre que possível, prevenindo-se através de medidas de proteção como uso de roupas específicas e luvas, cremes de barreira, entre outros.
1. Dermatite de contato irritante
A dermatite de contato irritante é o tipo mais comum, ocorre quando existe a interação com alguma substância que causa irritação, como produtos químicos ou solventes, produtos de limpeza ou higiene, por exemplo. O contato frequente com agentes irritantes pode resultar em inflamações que dão sinais através de vermelhidão, coceira, descamação e formação de bolhas.
2. Dermatite de contato alérgica
A dermatite de contato alérgica é uma reação imunológica do próprio corpo a algum agente específico, como cosméticos, perfumes, produtos de limpeza, medicamentos, metais, plantas e alimentos. Apesar de poder ocorrer com qualquer indivíduo, certas pessoas podem ter maiores chances de desenvolver a condição, como quem tem pele seca, eczemas ou histórico familiar de alergias.
Quais são os principais sintomas da dermatite de contato?
Os sintomas da dermatite de contato são diversos, variando entre mais leves aos mais graves, surgindo, geralmente, algumas horas ou dias depois do contato com a substância irritante ou alérgeno. A duração dos sintomas também depende do tipo de dermatite e do organismo de cada pessoa, além de tratamentos adotados.
Os principais sintomas da dermatite de contato incluem:
– Coceira;
– Vermelhidão;
– Inchaço;
– Erupções cutâneas;
– Bolhas ou feridas dolorosas;
– Descamação, ressecamento ou fissuras na pele.
As dermatites de contato alérgicas costumam ter sintomas mais graves e podem se espalhar para outras regiões do corpo. Enquanto isso, as dermatites de contato irritantes tendem a ter sintomas mais leves e mais localizados. De todo modo, é essencial procurar um dermatologista para realizar não somente o diagnóstico, mas iniciar uma investigação sobre as causas da dermatite, evitando novos episódios.
Diagnóstico e tratamento da dermatite de contato
O diagnóstico da dermatite de contato deve ser conduzido por dermatologistas com o suporte de dermatopatologistas, quando necessário. Além da observação da extensão de lesões e sintomas do paciente, também são levados em consideração o seu histórico de saúde e a interação recente com substâncias com potencial irritante ou alérgico.
Em certos casos, exames de contato podem ser utilizados para identificar supostas causas da dermatite de contato, como o teste de contato patch e o epicutâneo.
– Teste de contato patch: aplicam-se adesivos contendo potenciais agentes na pele do paciente, onde são mantidos por 48 horas. Após isso, o patch é removido e o dermatologista analisa as reações na área aplicada. Pode ser recomendável manter um registro diário de sintomas, data e hora que ocorrem e substâncias com as quais teve contato.
– Teste de contato epicutâneo: é usualmente utilizado quando o teste de contato patch entrega resultados inconclusivos. Apesar de serem semelhantes, permite que vários agentes sejam testados ao mesmo tempo. As substâncias potenciais são aplicadas através de um curativo emborrachado que se ajusta à área afetada da pele. Após 48h, o especialista checa a região acometida para reações alérgicas.
Além desses testes, o dermatologista pode indicar exames complementares como biópsias de pele, a fim de confirmar ou descartar outros problemas.
Quando falamos sobre o melhor tratamento para dermatite de contato, é preciso considerar aqueles com capacidade de aliviar sintomas e diminuir as inflamações de pele. Por isso, a terapia indicada dependerá do tipo de dermatite e da gravidade diagnosticada pelo médico especialista.
Quando provocada por um irritante, o melhor tratamento é prevenir-se contra o contato com a substância prejudicial. Caso não seja possível, o uso de acessórios, roupas e outras medidas de proteção devem ser usadas. Já quando o agente for alérgeno, é preciso investigar com precisão e evitar o contato.
Medicamentos podem ser receitados para amenizar sintomas, como cremes, corticoides, anti-histamínicos, entre outros. Caso a dermatite de contato cause infecções secundárias, antibióticos, antifúngicos e antivirais podem ser recomendados pelo médico que acompanha o caso.
Cada episódio deve ser investigado e tratado individualmente. Nem sempre o que funciona para uma pessoa é recomendável para outra, por isso, é necessário que o paciente siga as devidas orientações e faça o acompanhamento adequado da sua condição.
Aqui no Cipac, prestamos todo o suporte necessário aos dermatologistas em exames de biópsia da pele e demais avaliações dermatopatológicas.
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