Como um dos tipos de câncer mais prevalentes na população brasileira, é comum que, em caso de suspeitas, as pessoas perguntem-se qual é o exame que detecta câncer de pele e como é realizado.
Segundo um estudo do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pele representou cerca de 31% dos casos da doença em 2023, o que reafirma a importância dos cuidados de prevenção e da observação frequente da própria pele. Um fator primordial para um tratamento eficaz deste tipo de doença é o diagnóstico precoce, pois quando identificado em estágios iniciais, apresenta chances de sucesso maiores e as células cancerígenas podem ser eliminadas com medidas bem menos agressivas.
Antes de pensar em qual exame que detecta câncer de pele, é preciso conhecer quais sintomas devem chamar a atenção do paciente. Conhecer sua pele torna-se fundamental, por isso, é recomendável checar pintas, sinais e marcas ou mudanças em alguma dessas formas.
Como identificar sinais suspeitos de câncer de pele?
A maioria dos tumores de pele surgem a partir de marcas já existentes, como pintas, manchas de nascença ou verrugas, por exemplo. Bordas irregulares, coceira ou descamação são indícios de que algo pode estar evoluindo para uma condição mais séria e precisam ser investigados por algum exame que detecta câncer de pele.
A regra internacionalmente utilizada no diagnóstico é a do “ABCDE”, que pode auxiliar a identificar suspeitas:
– A de “assimetria”: quando uma parte da marca é diferente da outra;
– B de “bordas irregulares”: quando o sinal apresenta um contorno indefinido;
– C de “cor variável”: quando existem várias cores em uma mesma mancha (preta, marrom, branca, avermelhada ou azul) ou existe a mudança na coloração ao longo do tempo;
– D de “diâmetro”: quando o sinal cresce e fica maior que 6 milímetros;
– E de “evolução”: quando são evidentes as alterações nas características prévias de uma mancha, pinta ou sinal. Ao analisar cada um desses aspectos e reparar em alguma alteração anormal, deve se buscar um dermatologista para que inicie uma investigação com algum exame que detecta câncer de pele, como testes clínicos, de imagem e de laboratório.
Qual exame que detecta câncer de pele é indicado em suspeitas da doença?
Para diagnosticar o câncer de pele com toda a assertividade possível, é preciso estabelecer qual é o estágio da doença, sua localização e origem, a fim de determinar qual é o melhor tratamento para aquele caso. Alguns exames comumente solicitados para essa análise, são:
1. Exame morfológico
O dermatologista observa o tamanho, o formato, a coloração e a textura das lesões, averiguando se há sangramento ou descamação. É preciso verificar também as regiões próximas à lesão e o tamanho de gânglios linfáticos de áreas como virilha, pescoço e axilas, observando se há inchaço que indique alguma preocupação sobre metástase.
2. Dermatoscopia
É uma técnica que diferencia as manchas comuns de lesões de risco, utilizando um aparelho que amplia a imagem da pele, possibilitando uma visão aprofundada e melhorando a análise e documentação de cada um dos sinais.
3. Biópsia
O diagnóstico do câncer de pele só pode ser verdadeiramente confirmado ou descartado após uma biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido da região acometida para ser minuciosamente analisada em microscópio por um médico patologista. Geralmente, a coleta é feita com administração de anestesia, dependendo do tamanho e da região em que a lesão está localizada.
4. Exame Anatomopatológico
O exame anatomopatológico é feito por médicos especializados em patologia cirúrgica, através do processamento histológico e colorações específicas. Esta técnica avalia fatores histopatológicos prognósticos e auxilia a definir o tratamento adequado do paciente.
5. Exame de imuno-histoquímica
A imuno-histoquímica é uma técnica auxiliar que investiga o sítio primário do câncer de pele, identificando qual é a origem do tumor. Além disso, ela também pode ser empregada para pesquisa de terapia-alvo em neoplasias, na detecção de agentes etiológicos.
6. Exame de imunofluorescência
A imunofluorescência é um exame complementar realizado nos tecidos da pele, onde são utilizados marcadores ligados às moléculas-alvo por reação antígeno-anticorpo e marcadas com fluorocromo.
Caso o exame que detecta câncer de pele apresente resultado positivo, as opções de terapias a serem empregadas dependem de todos os indícios descobertos na investigação, bem como no estado clínico do paciente. Especialmente nos casos de melanoma – menos incidentes, porém costumeiramente mais graves – a cirurgia pode ser o tratamento mais indicado, associada ou não à radioterapia ou quimio. Em casos de metástase – quando o câncer já tenha se espalhado para outros órgãos ou regiões – uma equipe multidisciplinar de médicos pode adotar outras condutas personalizadas.
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