A técnica da imunohistoquímica é um recurso fundamental nos laboratórios de patologia moderna, permitindo identificar proteínas específicas em tecidos por meio da interação entre anticorpos e antígenos. Essa identificação é feita com a ajuda de enzimas ou fluoróforos que tornam visíveis as estruturas proteicas sob o microscópio. Trata-se de um exame complementar à análise anatomopatológica tradicional, sendo aplicado principalmente em tecidos fixados em parafina ou congelados.
Seu principal diferencial é oferecer uma camada adicional de precisão diagnóstica, essencial quando as características morfológicas sozinhas não são suficientes. Com a técnica da imunohistoquímica, é possível, por exemplo, determinar com mais clareza se uma lesão é maligna ou benigna, e qual a origem celular de um tumor, informações que impactam diretamente nas decisões clínicas.
Quando se utiliza a técnica da imunohistoquímica?
Um dos usos mais importantes da técnica é no diagnóstico e classificação de tumores, permitindo saber se trata de um carcinoma, linfoma, sarcoma, melanoma ou outro tipo de neoplasia. Além disso, ela ajuda a rastrear a origem de tumores metastáticos, mesmo quando essa origem não está evidente nos exames iniciais.
A técnica da imunohistoquímica também é amplamente empregada na imunofenotipagem de linfomas e leucemias, utilizando marcadores específicos como CD20, CD3, CD30, entre outros, para caracterizar as células tumorais. Essa caracterização detalhada auxilia não só no diagnóstico, mas também na escolha do tratamento mais adequado.
Outro ponto crucial é sua aplicação na avaliação de fatores prognósticos e preditivos. No câncer de mama, por exemplo, a detecção de receptores hormonais e da proteína HER2 pode indicar maior ou menor chance de resposta a terapias específicas. Isso vale para outros tumores em que a expressão de certos marcadores, como EGFR e KIT, direciona o uso de medicamentos-alvo ou imunoterapias.
Além da oncologia, a técnica da imunohistoquímica também pode ser utilizada para diferenciar tumores de processos inflamatórios, diagnosticar doenças infecciosas ao identificar antígenos de vírus e bactérias no tecido, e até mesmo em contextos de pesquisa, onde é essencial para estudar o comportamento celular e molecular em diferentes doenças.
A técnica da imunohistoquímica no laboratório de patologia
O processo técnico por trás do exame inclui a preparação da amostra de tecido, a recuperação de epítopos para exposição dos antígenos, a incubação com anticorpos específicos e a revelação da marcação, que pode ser colorimétrica ou fluorescente. A interpretação final é feita pelo médico patologista, que cruza as informações da coloração com dados clínicos, laboratoriais e de imagem.
Para o paciente, os benefícios são diretos: diagnósticos mais precisos, decisões terapêuticas mais assertivas e maior possibilidade de tratamentos personalizados. O exame de imunohistoquímica é, portanto, um elo fundamental entre o diagnóstico morfológico e a medicina de precisão, impactando positivamente o prognóstico e a qualidade de vida de milhares de pessoas.
No Cipac Diagnósticos, a técnica da imunohistoquímica é conduzida com rigor técnico, tecnologia de ponta e interpretação especializada. Contamos com uma equipe altamente qualificada e experiente em imunohistoquímica, o que nos permite oferecer diagnósticos precisos e seguros, especialmente em casos complexos.
Cada exame é avaliado internamente, com atenção individualizada e correlação clínica, reforçando nosso compromisso com a excelência diagnóstica e com o cuidado à saúde de cada paciente.
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