O que é neoplasia indiferenciada

A neoplasia indiferenciada é um tipo de tumor que, ao ser analisado no microscópio, não apresenta características específicas que permitam aos médicos identificarem exatamente que tipo de célula ou tecido está envolvido. Mesmo utilizando informações do histórico médico do paciente e outros dados clínicos, às vezes não é possível determinar com clareza a natureza do tumor logo na primeira análise. 

Cerca de 2 a 5% de todos os casos são de tipos de neoplasia indiferenciada, tendo uma maior incidência em homens, entre os 65 a 90 anos. Essa taxa preocupa, pois com o envelhecimento gradativo da população brasileira, essa tendência pode se tornar um problema cada vez maior.

A imuno-histoquímica no diagnóstico de uma neoplasia indiferenciada

Diante de uma neoplasia indiferenciada, uma investigação mais minuciosa ainda deve ser empregada, sempre visando atingir respostas que auxiliem em um diagnóstico e prognóstico, essenciais para o estabelecimento de um tratamento muito mais eficiente para o paciente. Como vimos, tumores desse tipo podem se espalhar pelo corpo, agravando o cenário de saúde e requerendo terapêuticas mais invasivas, intensas e rigorosas.

Nesse sentido, um dos exames mais solicitados é a imuno-histoquímica, uma técnica especializada e muito útil na análise de tecidos e tumores. Graças a anticorpos específicos que detectam antígenos (proteínas) em células de um fragmento de tecido, é possível caracterizar diferentes tipos de células tumorais.

Uma amostra do tecido afetado é coletada por biópsia ou cirurgia e, posteriormente, é fixada em parafina e cortada em finas seções em lâminas de vidro. No laboratório de patologia, anticorpos específicos são aplicados a essa amostra, na expectativa que se conjuguem a uma enzima ou substância que pode ser visualizada por microscópio. Quando o anticorpo se liga ao antígeno, uma reação ocorre, permitindo a visualização das proteínas-alvo, capazes de fazer a diferenciação do sítio primário da neoplasia.

A imuno-histoquímica auxilia na/no:

1. Identificação da Origem do Tumor

O exame aponta a origem das células tumorais, especialmente na metástase ou neoplasia indiferenciada. A presença de certos marcadores como TTF-1 pode sugerir uma origem pulmonar, enquanto GATA3 pode ser indicativo de câncer de mama.

2. Diferenciação entre Tumores

Essa análise patológica minuciosa é capaz de diferenciar tipos de tumores que, a princípio, são morfologicamente iguais, distinguindo entre carcinomas e sarcomas, por exemplo, dando informações mais precisas aos médicos.

3. Prognóstico e Tratamento

Informações sobre o comportamento do tumor obtidas pela imuno-histoquímica podem indicar quais serão suas respostas a determinados tratamentos. Por exemplo, a presença de receptores hormonais como estrogênio e progesterona em um câncer de mama pode indicar uma melhor resposta com terapias hormonais.

4. Diagnóstico de Tumores Específicos

A imuno-histoquímica também é capaz de identificar com especificidade certos tumores hematológicos, como linfomas, guiando o diagnóstico e tratamento do paciente com muito mais eficiência.

O tratamento de neoplasia indiferenciada

O processo de investigação de uma neoplasia indiferenciada é crucial para que a etapa do tratamento também seja definida com maior especificidade, tendo em vista que cada caso deve ser conduzido de maneira personalizada.

Diante das descobertas, o tratamento para a neoplasia indiferenciada pode incluir uma combinação de procedimentos, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapias direcionadas ou imunoterapias. O plano específico de tratamento do paciente sempre envolve fatores múltiplos, incluindo a região onde o tumor está localizado, seu tamanho, estágio e se outras partes do corpo já foram atingidas pelas células cancerígenas.

O Cipac Diagnósticos é especialista no exame de imuno-histoquímica, analisando amostras inteiramente em seu laboratório próprio, com a alta capacitação de seus patologistas, sempre à disposição para investigar casos complexos como o da neoplasia indiferenciada. Médicos e pacientes podem contar com segurança e confiabilidade nos processos laboratoriais, certificados por rigorosos órgãos de qualidade e boas práticas.

Leia também: Como saber se a neoplasia é benigna ou maligna?

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