O que é alopecia?

Muito conhecida também como calvície, a alopecia é a perda de cabelos ou pelos, que pode ocorrer não apenas no couro cabeludo, mas também em qualquer parte do corpo, como axilas, barba, cílios e sobrancelhas, por exemplo.

A alopecia é um distúrbio com causas diversas, apresentando tipos e graus diferentes, de pessoa para pessoa, podendo ser permanente ou transitória, afetando homens e mulheres de diversas idades. Conforme apontam dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de brasileiros são acometidos com algum grau de queda de cabelo.

Essa condição pode ser explicada pela interrupção no ciclo normal do desenvolvimento dos fios de cabelo, que passa por três estágios:

– Estágio do crescimento: também conhecida como fase anágena, é o período em que aproximadamente 90% dos fios de cabelo se encontram, podendo durar de 2 a 8 anos;

– Estágio de transição: ou fase catágena, é caracterizada pelo encolhimento dos folículos capilares, levando de 2 a 3 semanas;

– Estágio de repouso: também chamado de fase telógena, quando o cabelo permanece em repouso de 2 a 4 meses, para que, ao final desse período, os fios caiam para que o ciclo recomece, renovando o cabelo.

Tendo essa renovação constante em mente, é comum que um indivíduo perca entre 50 e 100 fios de cabelo por dia. No entanto, se esse ciclo for afetado de alguma forma ou lesões no folículo ocorrerem, é possível que tal regeneração não aconteça, afetando a reposição de fios, tornando o cabelo mais ralo ou até mesmo regiões sem cabelo.

Causas e tipos de alopecia

É essencial que o paciente, ao reparar na queda acentuada de cabelos, busque o médico dermatologista e tricologista o quanto antes para investigar suas causas. Alguns fatores de risco podem indicar a origem do problema e qual o tipo de alopecia o paciente está enfrentando:

– Hereditariedade, ou seja, casos de calvície na família, sejam em homens ou mulheres;

– Presença aumentada de hormônios masculinos;

– Lesões na região afetada;

– Dieta desequilibrada com déficit de certas vitaminas e nutrientes;

– Episódios de alto estresse;

– Oleosidade excessiva que possa levar à dermatite seborreica, também conhecida como caspa;

– Efeito colateral de certos medicamentos ou tratamentos, como a quimioterapia;

– Infecções bacterianas ou fúngicas;

– Entre outros.

A existência de um ou mais fatores podem indicar qual é o tipo e grau da doença em cada indivíduo. É importante diferenciar cada uma das alopecias a fim de indicar o tratamento mais adequado.

1. Alopecia androgenética

Este é o tipo mais frequente de perda de fios e tem origem genética. Apesar de poder ocorrer em qualquer faixa etária, costuma ficar evidente após os 40 anos, com sintomas como cabelos ralos que evoluem para a exposição total do couro cabeludo.

2. Alopecia areata

É considerada autoimune, uma vez que o próprio sistema imunológico ataca as células em torno do folículo capilar, impossibilitando o crescimento de novos fios. Com isso, é comum ocorrer falhas em diferentes formatos. Fatores genéticos, microrganismos, estresse, lúpus e vitiligo podem estar associados à condição.

3. Alopecia por tração

Este é um tipo bastante específico de alopecia, causado pela força aplicada na raiz do cabelo, geralmente por meio de penteados como tranças justas e rabos de cavalo que afetam o couro cabeludo e podem danificar permanentemente os folículos capilares.

4. Alopecia cicatricial

Apesar de ser mais rara, essa alopecia é caracterizada por inflamações que danificam os folículos capilares, fazendo com que um tecido cicatricial impeça o desenvolvimento de novos fios. Em certos casos, podem ocorrer ainda lesões vermelhas ou brancas na área afetada, coceiras e inchaço.

5. Eflúvio telógeno

Esse tipo de alopecia causa uma perda significativa do volume de cabelo, que pode estar relacionada a um desequilíbrio de tireoide, ocorrência de cirurgia ou parto, ou ainda uma deficiência de vitaminas.

Diagnóstico de alopecia

O diagnóstico da alopecia é feito por um médico dermatologista especialista em tricologia por meio de anamnese, de exame clínico e da tricoscopia, um exame auxiliar. Caso necessário, exames patológicos também podem ser solicitados, como os que realizamos aqui no Cipac.

Somos especializados em dermatopatologia, auxiliando os dermatologistas na obtenção de diagnósticos precisos e seguros para um tratamento mais eficaz para cada caso.

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