Imuno-histoquímica para doenças: aplicações além da oncologia

A imuno-histoquímica para doenças é uma técnica que “revela” proteínas ou antígenos diretamente no tecido, por meio de anticorpos marcados. Embora seja muito conhecida na oncologia para classificar tumores, indicar terapias e refinar prognóstico, seu valor vai muito além do câncer. Em infecções granulomatosas, doenças neuromusculares e nefropatias, a imuno-histoquímica agrega objetividade diagnóstica, orienta condutas e encurta o caminho até o tratamento correto.

Essa técnica é importante pois:

– Marca proteínas específicas no corte histológico, mostrando onde e o quanto elas estão presentes;

– Complementa a histologia convencional e outras técnicas, como colorações especiais e imunofluorescência;

– Aumenta a precisão em casos desafiadores, quando a morfologia não fecha o diagnóstico sozinha.

1. Imuno-histoquímica para doenças granulomatosas e infecções

Granulomas podem ocorrer por fungos, microbactérias ou causas não infecciosas. Nesse sentindo, a imuno-histoquímica para doenças infecciosas ajuda a:

– Detectar patógenos ou seus antígenos por anticorpos específicos em tecido (útil quando a carga é baixa ou a coloração especial é inconclusiva);

– Diferenciar padrões: por exemplo, granulomas por micobactérias versus fungos (Candida, Aspergillus, Histoplasma), apoiando a identificação do agente;

– Caracterizar o infiltrado inflamatório (CD3, CD20, CD68 etc.), o que sustenta o raciocínio diagnóstico em sarcoidose e outras granulomatoses não infecciosas.

O exame é importante, pois em granulomas, identificar qual é o agente direciona antimicrobianos, tempo de terapia e necessidade de investigação sistêmica.

2. Imuno-histoquímica para doenças renais (nefropatias)

No rim, a imuno-histoquímica complementa a histologia e, quando necessário, a imunofluorescência:

– Doenças por imunocomplexos: painéis com imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM) e componentes do complemento (C3, C1q) ajudam na interpretação do padrão (ex.: nefropatia por IgA);

– Glomerulopatia membranosa: pesquisa de PLA2R (e, em cenários específicos, THSD7A) apoia o diagnóstico e o seguimento;

– Transplante renal: C4d por imuno-histoquímica é útil na avaliação de rejeição mediada por anticorpos;

– Nefropatias infecciosas: para SV40 (poliomavírus BK) auxilia a confirmar nefropatia por BK no transplantado;

– Gamopatias monoclonais: marcações de cadeias leves kappa/lambda orientam o raciocínio em nefropatia por cilindros e deposições relacionadas.

O impacto prático da técnica é a melhora da acurácia diagnóstica e, por consequência, a escolha entre imunossupressão, antivirais, ajustes de terapia e seguimento.

O Cipac é referência em imuno-histoquímica para doenças

No Cipac, a imuno-histoquímica para doenças segue protocolos rigorosos de validação de anticorpos, controles internos e correlação clínico-patológica. Nossa equipe atua com painéis personalizados para infecções granulomatosas, miopatias e nefropatias, entregando laudos claros e práticos, exatamente o que o médico precisa para conduzir o caso com segurança.

Leia também: Imunohistoquímica em dermatopatologia: quando é utilizada?

×