A relação entre o diagnóstico de HPV e câncer ginecológico

O diagnóstico de HPV é um dos pilares do cuidado ginecológico moderno. Isso porque a infecção pelo Papilomavírus humano está diretamente associada ao desenvolvimento de lesões precursoras e de câncer ginecológico, especialmente o de colo do útero. Neste artigo, explicamos a relação entre HPV e neoplasias do trato genital, quando investigar e quais exames tornam esse diagnóstico preciso, incluindo as soluções do Cipac Diagnósticos, como biologia molecular com identificação de subtipos do vírus.

Por que se fala tanto em diagnóstico de HPV?

O HPV (Papilomavírus humano) é um conjunto de vírus transmitidos principalmente por contato sexual (genital-genital e pele-pele). A maioria das infecções é transitória e o próprio organismo elimina o vírus em meses ou poucos anos. Porém, quando a infecção persiste, especialmente por tipos oncogênicos (como HPV-16 e HPV-18), pode provocar alterações celulares que evoluem de lesões precursoras para câncer, em particular o câncer de colo do útero.

Assim, realizar diagnóstico de HPV com métodos sensíveis ajuda a identificar a presença do vírus; classificar o risco em baixo ou alto; estratificar a conduta, indicando acompanhamento mais próximo, realização de novo exame, colposcopia ou biópsia.

Como a infecção pelo HPV se relaciona ao câncer ginecológico?

Durante a infecção persistente por tipos de alto risco, o DNA do HPV pode integrar-se ao DNA das células do colo uterino e interferir em mecanismos de controle do ciclo celular. Esse processo favorece a proliferação desordenada e o acúmulo de danos genéticos, aumentando a chance de progressão de lesões intraepiteliais para carcinoma invasivo.

Embora o colo do útero seja o sítio mais associado ao HPV, o vírus também está implicado em parte dos casos de câncer de vagina e vulva. Em endométrio e ovário, a participação do HPV é menos clara; nesses tumores, outros fatores de risco são mais relevantes, como idade, exposição estrogênica, história familiar, entre outros. Em todos os cenários, manter uma rotina de rastreamento e priorizar o diagnóstico de HPV quando indicado reduz atrasos na detecção e melhora desfechos.

Quando investigar?

Consulte seu ou sua ginecologista e considere a investigação para diagnóstico de HPV e exames complementares nas situações abaixo:

–  Rastreamento de rotina conforme faixa etária e protocolos médicos;

– Alterações no Papanicolau (citologia cervical) que indiquem lesão ou inflamação persistente;

– Sintomas como sangramento pós-coito, corrimento persistente sem causa definida, dor pélvica persistente ou lesões visíveis em vulva/vagina;

– Fatores de risco, como início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros sem proteção, tabagismo, imunossupressão.

– Acompanhamento de pacientes com resultados prévios positivos para HPV de alto risco.

Os principais exames solicitados para o diagnóstico de HPV são:

1. Citologia cervical (Papanicolau)

Base do rastreamento do colo do útero. Detecta alterações celulares compatíveis com infecção por HPV e/ou lesões precursoras. Um resultado alterado orienta a próxima etapa (teste molecular, colposcopia ou ambos), mas não identifica o subtipo viral.

2. Biologia molecular para diagnóstico de HPV

Um laboratório de patologia, como o Cipac Diagnósticos, dispõe de biologia molecular altamente moderna para detectar HPV e seus subtipos de forma sensível e específica. Entre as técnicas utilizadas, destaca-se a captura híbrida, que: identifica grupos de HPV de baixo e de alto risco; oferece elevada sensibilidade para infecções clinicamente relevantes; apoia a classificação de risco e a estratégia de seguimento (observar, repetir, encaminhar à colposcopia).

Saber se há HPV de alto risco muda o manejo: pode indicar investigação colposcópica mais precoce e reduzir o intervalo até um tratamento curativo de lesões precursoras, antes que evoluam.

3. Colposcopia

Exame de visualização ampliada do colo uterino, vagina e vulva. Direciona biópsias dos pontos suspeitos. Frequentemente indicada após citologia alterada e/ou diagnóstico de HPV de alto risco.

4. Biópsia + Anatomopatológico

Quando há área suspeita, a biópsia coleta um fragmento para análise. O anatomopatológico confirma o tipo de lesão (inflamatória, intraepitelial de baixo/alto grau, carcinoma) e orienta a conduta terapêutica junto à equipe clínica.

5. Imuno-histoquímica (IHQ)

A imuno-histoquímica agrega marcadores que ajudam a refinar o diagnóstico, graduar a lesão e diferenciar mimetizadores. Na prática, a IHQ: aumenta a acurácia em casos fronteiriços; contribui para prognóstico e planejamento terapêutico.

Além do diagnóstico de HPV, a prevenção também é necessária

– Vacinação: recomendada conforme calendário e orientação médica, preferencialmente antes do início da vida sexual. Mesmo vacinadas, pessoas devem manter o rastreamento.

– Comportamento sexual seguro: uso consistente de preservativos reduz o risco (embora não elimine totalmente, pois o HPV também se transmite por pele-pele).

– Rastreamento regular: o exame preventivo de Papanicolau melhora a detecção precoce e evita progressão de lesões.

– Estilo de vida: cessar tabagismo e cuidar da imunidade contribui para a resolução mais rápida de infecções transitórias.

A paciente deve procurar atendimento o quanto antes ao notar sangramento vaginal anormal (incluindo pós-coito), corrimento persistente, dor pélvica contínua, lesões/alterações em vulva ou vagina, dor ao urinar ou desconforto sexual. Sintomas não confirmam doença, mas aceleram a investigação adequada.

Aqui no Cipac, combinamos exames modernos com integração diagnóstica, apoiando os médicos com laudos confiáveis e ágeis, sempre com foco no cuidado centrado na paciente. Fale conosco e tire suas dúvidas!

Leia também: Conheça a diferença entre neoplasia e câncer.

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