Biópsia para lesões pré-malignas da pele: o que são e quando realizar?

Como a pele é um órgão dinâmico e constantemente exposto a fatores ambientais como a radiação ultravioleta (UV), é importante entender o que são lesões cutâneas pré-malignas, e o momento certo de realizar uma biópsia para lesões pré-malignas é essencial para um diagnóstico preciso e uma abordagem eficaz. Isso porque, com o tempo, alterações como manchas, pintas e verrugas podem surgir, muitas delas benignas, mas outras com potencial de se tornarem câncer.

O que são lesões pré-malignas da pele?

Lesões pré-malignas são alterações cutâneas com potencial de transformação em câncer de pele. Embora nem todas evoluam, muitas compartilham características histológicas e moleculares com neoplasias malignas, sendo consideradas estágios iniciais do processo de carcinogênese.

Entre as principais lesões com esse potencial, destacam-se:

– Ceratose actínica (ou queratose solar): provocada por exposição solar crônica, é considerada precursora do carcinoma espinocelular.

– Doença de Bowen: forma não invasiva do carcinoma espinocelular, que pode progredir se não tratada.

– Lentigo maligno: lesão pigmentada que pode evoluir para melanoma invasivo.

– Nevo displásico: pinta atípica com risco aumentado de transformação em melanoma.

– Leucoplasias ou eritroplasias: especialmente em áreas mucocutâneas, indicam displasias com risco significativo de malignização.

Essas lesões, muitas vezes, têm aparência semelhante a alterações benignas, o que reforça a importância da biópsia para lesões pré-malignas quando há qualquer suspeita clínica.

Quando realizar uma biópsia para lesões pré-malignas?

A biópsia para lesões pré-malignas é indicada em situações como:

– Persistência de lesões atípicas ou que não respondem a tratamentos convencionais;

– Crescimento acelerado, sangramento ou ulceração de lesões;

 -Alterações em pintas como assimetria, bordas irregulares, múltiplas cores ou diâmetro superior a 6 mm;

– Presença de lesões sugestivas de carcinoma in situ (como lentigo maligno ou doença de Bowen);

– Ceratoses actínicas espessas ou refratárias;

– Mudanças clínicas recentes em nevos displásicos.

O tipo de biópsia, seja shave, punch ou excisional, dependerá da localização, tamanho da lesão e necessidade de avaliar margens de segurança.

O papel da patologia e da dermatopatologia

Após a coleta, a amostra segue para o laboratório de patologia, onde será analisada por um médico patologista. É esse exame histopatológico que confirma se a lesão é benigna, pré-maligna ou maligna. Em casos complexos, podem ser utilizadas técnicas complementares, como a imuno-histoquímica, que contribuem para diferenciar, por exemplo, um melanoma de um nevo displásico.

A biópsia para lesões pré-malignas da pele só é realmente útil quando acompanhada de um laudo preciso e bem fundamentado. Por isso, é essencial contar com um laboratório especializado em dermatopatologia, capaz de integrar os dados clínicos ao exame microscópico.

Diagnosticar uma lesão pré-maligna de forma precoce pode evitar a evolução para um câncer de pele e reduzir a necessidade de tratamentos mais agressivos. Para isso, é fundamental que o dermatologista e o laboratório de patologia atuem em conjunto.

No Cipac Diagnósticos, oferecemos suporte técnico completo em biópsia para lesões pré-malignas, com expertise em dermatopatologia e laudos de alta acurácia. Nosso compromisso é entregar diagnósticos ágeis e confiáveis para que você e seu médico possam tomar as melhores decisões terapêuticas.

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