O laudo de imunohistoquímica é um dos documentos mais importantes quando falamos em diagnósticos precisos e personalizados, especialmente no contexto de doenças como o câncer. Trata-se de um exame laboratorial que utiliza anticorpos para identificar proteínas específicas nas células de um tecido analisado, sendo essencial para definir o tipo, subtipo e até o prognóstico de diversas patologias.
Neste artigo, explicamos os principais itens que compõem o laudo de imunohistoquímica e como interpretá-los.
1. Identificação da amostra
O laudo de imunohistoquímica inicia com a identificação completa do material analisado, garantindo rastreabilidade e segurança para o diagnóstico:
– Nome do paciente;
– Número de protocolo;
– Data de coleta;
– Origem da amostra (órgão, tipo de biópsia);
– Descrição do tecido examinado (exemplo: tumor mamário, linfonodo, lesão cutânea).
2. Técnica realizada
Essa parte descreve o método utilizado para a preparação da amostra, assegurando a padronização e a confiabilidade do laudo de imunohistoquímica:
– Tipo de fixação (geralmente formalina);
– Técnica de coloração empregada (como imunoperoxidase);
– Equipamentos utilizados (automatizados ou manuais);
– Controle de qualidade interno e externo.
3. Painel de anticorpos utilizados
O laudo informa quais marcadores imunohistoquímicos foram aplicados. A escolha dos anticorpos é orientada pela hipótese diagnóstica e pela localização da amostra:
– Anticorpos específicos, como HER2, Ki-67, CD20, ER e PR;
– Tipo de anticorpo (monoclonal ou policlonal);
– Fabricante dos reagentes.
4. Resultado da marcação imunohistoquímica
Aqui, o laudo detalha a resposta dos tecidos aos anticorpos através de dados que ajudam a entender o comportamento biológico da lesão:
– Padrão de positividade (positivo ou negativo);
– Intensidade da coloração (fraca, moderada ou forte);
– Localização da marcação (nuclear, citoplasmática ou membranar);
– Percentual de células marcadas;
– Sistema de escore (como o Allred Score para receptores hormonais ou o escore HER2).
5. Interpretação e comentário
Esse campo dá suporte direto à tomada de decisão clínica. O patologista reúne as informações obtidas com os anticorpos e descreve:
– A interpretação dos padrões de marcação;
– Possíveis diagnósticos diferenciais;
– Sugestões de exames complementares, quando necessário.
6. Conclusão diagnóstica (quando aplicável)
Por fim, o laudo de imunohistoquímica pode integrar as informações com os achados histológicos para:
– Classificar o tipo e subtipo tumoral;
– Avaliar a agressividade da lesão;
– Indicar possíveis alvos terapêuticos.
No câncer de mama, por exemplo, essa etapa pode indicar se o tumor é luminal A, luminal B, HER2-positivo ou triplo-negativo, cada um com condutas terapêuticas distintas.
Imunohistoquímica: um exame que vai muito além do câncer
Embora amplamente utilizada em oncologia, a técnica imunohistoquímica também é empregada na detecção de doenças inflamatórias, infecciosas e autoimunes, sendo uma ferramenta versátil na medicina moderna.
O Cipac é referência em laudo de imunohistoquímica, pois contamos com uma equipe altamente especializada, tecnologia de ponta e rigor técnico para a emissão de laudos de imunohistoquímica completos, confiáveis e decisivos para a conduta médica. Atuamos com atenção aos mínimos detalhes, garantindo diagnósticos precisos que contribuem diretamente para o sucesso do tratamento dos nossos pacientes.
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