Compreenda a diferença entre queloide e cicatriz hipertrófica

Mesmo que possam se assemelhar, é importante saber diferenciar queloide e cicatriz hipertrófica, alterações que se originam de traumas causados na pele. Muitas pessoas podem apresentar uma determinada predisposição a problemas de cicatrização, podendo resultar nessas modificações, seja após um corte realizado por cirurgia, por machucado, queimaduras ou tatuagens, por exemplo.

Continue lendo e entenda quais são as características que diferenciam um do outro e como diagnosticá-los propriamente a fim de seguir com o tratamento adequado para cada caso.

Características do queloide e da cicatriz hipertrófica

Uma das condições mais marcantes a respeito do queloide é sua aparência em “alto relevo”, fazendo com que a pele tenha um aspecto mais grosso, podendo ou não causar dor. Este tipo de lesão tem origem na produção excessiva de colágeno, fazendo com que a pele gere protuberâncias, ultrapassando os limites do corte ou lesão. Pesquisas apontam que a causa pode estar ligada a fatores genéticos, por isso, são de difícil prevenção e, frequentemente, retornam após procedimentos de retirada. O queloide pode ser mais comum em pessoas negras, asiáticas e hispânicas, bem como em mulheres jovens no período de gravidez.

As regiões mais frequentemente afetadas pelo queloide incluem as clavículas, o tronco, os membros superiores e o rosto, apresentando sintomas que variam e dependem da gravidade do caso, mas que podem abranger:

– Elevação da pele, prurido, cor e textura diferentes do restante da região afetada, crescimento contínuo.

Enquanto isso, a cicatriz hipertrófica costuma ser menos intensa e não ultrapassar os limites do ferimento, podendo acometer qualquer pessoa e em diversas regiões do corpo. Alguns fatores estão relacionados a chances do seu desenvolvimento, como:

– Tom de pele mais escuro, mulheres jovens, localização na área do pescoço e membros superiores, dependendo da gravidade da lesão.

A boa notícia é que a cicatriz hipertrófica tem a tendência de regredir sozinha com o tempo.

De maneira geral, a grande diferença entre cicatriz hipertrófica e queloide está na extensão da cicatrização, que pode concentrar-se (no caso da primeira) ou exceder os limites do corte ou ferimento original.  

Como é feito o diagnóstico e tratamento de queloide e cicatriz hipertrófica?

O diagnóstico da cicatriz hipertrófica ou queloide é basicamente clínico e deve ser realizado por um médico dermatologista. Os patologistas especializados em lesões de pele, denominados dermatopatologistas, podem ser acionados para realizar uma análise mais profunda, descartando qualquer tipo de suspeita além do normal.

Nesses casos, os dermatopatologistas avaliam uma amostra de tecido da área no microscópio, observando as características próprias dos queloides, que são geralmente muito maiores do que o local original do corte. Os patologistas identificam feixes largos, uniformes, de coloração rosada e brilhante de colágeno na derme. Os fibroblastos podem aparentar maiores do que o normal, sendo que características associadas ao câncer não devem ser vistas. A epiderme sobre o queloide é tipicamente normal.

Um dos tratamentos mais recomendáveis para queloides é o uso de injeções de corticosteroides diretamente no tecido, ajudando a reduzir inflamações e coceiras, além de ajudar o tecido cicatricial a retornar ao normal ao longo do tempo. Outra opção é a terapia a laser, que auxiliam na diminuição do tamanho dos queloides e melhoram sua aparência. Por fim, é possível remover o queloide cirurgicamente, no entanto, há chances de recorrência do problema, o que pode requerer que outras formas de tratamento sejam associadas, como injeções de corticosteroides, laser ou mesmo radioterapia.

Já o tratamento da cicatriz hipertrófica pode incluir o uso de silicone em folha e gel tópico, uma abordagem não invasiva. Além disso, a terapia compressiva também pode ser recomendada, mantendo uma pressão entre 24 e 30 mmHg, de 6 meses a 1 ano, geralmente utilizando malhas compressivas. Outro método que pode ser aplicado é a terapia com laser, que atua na remodelação do colágeno na cicatriz, e assim melhorando seu aspecto, em termos de textura. Injeções de corticosteroides também podem diminuir a inflamação e o tamanho da cicatriz hipertrófica.

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